Doação de órgãos no Brasil: um ato de solidariedade

Por Sophia Lopes (Estudante)

Por Sophia Lopes (Estudante)

A Lei da Inércia de Isaac Newton diz que todo corpo tende a permanecer em estado de repouso, até que uma força seja posta sobre ele. Similarmente, o Brasil continuará em decadência caso ações de solidariedade não sejam tomadas em relação à doação de órgãos. Dentre os principais fatores que influenciam para a não resolução destas ações cabem citar a necessidade de aprovação dos familiares e a enorme espera para receber doações.
Diante desse cenário, cabe analisar a dependência do doador em sua família quando o assunto é a doação feita após a morte. A doação feita depois de morte cerebral, por exemplo, pode salvar várias vidas ao mesmo tempo, já que é possível doar o coração, o pâncreas, intestino e outros órgãos, o que não ocorre pois para que uma doação deste tipo seja feita é lícito a permissão dos parentes, e a maioria dos familiares não está de acordo, mesmo que o doador tenha deixado claro seu desejo. Paralelamente, o jogo "The last of us" mostra um pai que proíbe a doação do cérebro de sua filha, fato que leva a morte de várias pessoas, já que o cérebro da menina continha a cura para um vírus.
Além disso, a espera para receber um órgão parece ser infinita, pois além de uma lista enorme de prioridades, tem se a necessidade de compatibilidade entre o doador e a pessoa que vai receber a doação. Sob esse viés, a animação japonesa "Tokyo Ghoul" mostra um garoto que depois de um acidente necessita urgentemente de um novo coração, e mesmo com tamanha urgência, outras pessoas têm prioridade e ele acaba tendo que esperar mais um tempo, tempo este que o leva a morrer.
Portanto, medidas urgentes são chamadas para resolver tal impasse. Desse modo, cabe ao Ministério da Saúde - órgão responsável pela saúde da população brasileira - tomar medidas para que a permissão dos familiares não seja um fator necessário. Assim, o doador terá sua palavra como veredito final e, consequentemente, mais doações serão feitas. Outrossim, é preciso também que o Ministério da Saúde faça campanhas com o objetivo de incentivar a doação, fazendo com que mais pessoas doem e a lista de espera diminua. Só assim, a solidariedade ao doar órgãos acontecerá mais vezes.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte